domingo, 31 de julho de 2011

- Cada um


Cada um tem o seu limite,
Cada pássaro tem o seu canto,
Cada vida tem o seu valor,
Cada momento é único e tem o seu encanto.

Cada alma dá uma espiada pela janela
Que domina o mundo.
Que às vezes sorri, às vezes não.
Às vezes derrama lágrimas,
Às vezes derrama risadas.

“Os rios da existência me conduziram a quebrar
As grades de um instante que habitava no seio das horas.
O negócio era buscar um novo cobertor para minha alma,
Mas um dia compreendi
Que nem todas as nuvens fazem chover.”
Cada natureza tem a sua beleza.

(Poema dedicado a Ânderson de Souza - filósofo e poeta)





- Bebendo água

Uma receita da minha avó que os japoneses praticam hoje:


Ferver 2 litros d' água da bica, deixar resfriar e colocá-la numa jarra
Para ser consumida em temperatura ambiente durante o dia.
ÁGUA COM ESTÔMAGO VAZIO...
Sério e importante, ótimo para a saúde.
Hoje é muito popular no Japão beber água imediatamente ao acordar.
Além disso, a evidência científica tem demonstrado estes valores
Para doenças antigas e modernas um tratamento com água.


Para a sociedade médica japonesa,
Uma cura de até 100% para as muitas doenças:
Dores de cabeça, dores no corpo, pressão alta,
Gastrite, diabetes, problemas do coração.
De manhã e antes de escovar os dentes, beber 2 copos de água.
Quanto mais se sabe, maior a chance de sobrevivência.


O rio não precisa ser nosso; a água não precisa ser nossa,
A água anônima conhece todos os nossos segredos,
E a mesma lembrança jorra de cada fonte,
É uma lei da natureza: os homens se congregam onde as águas convergem.


Nunca vou me esquecer:
Quando bebia água na concha da mão
E colhia fresquinha direto da fonte,
Dava-me uma sensação de algo sagrado.
Nas mãos: a taça feita, aos lábios leva o líquido precioso.
A gente a sorvia vagarosamente
E, só assim, matada a sede
É que me sentia mais feliz.

- Água


foto: saaeambiental.com.br
Água fonte de vida e esperança
Água que mata a sede e molha a planta,
Água que nos dá alegria e revigora a beleza,
Água que move moinhos,
Água nossa de cada dia, que boniteza!
Água que nos dá energia, cria a gente e nos faz respirar.
A água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade
Neste planeta que ainda não é raridade.
A água também nasce pequenina,
Nasce gota de orvalho ou de neblina...
A água também tem a sua infância,

Quando apenas riacho cantarola, brinca de roda.
A água também tem adolescência, sonha com lagos românticos.
Água também tem maturidade, fica serena e grave em rios fundos,
E num destino generoso e amigo espalha a vida.
A água também tem sua velhice e também morre.

Bendita seja, pois, água divina que fecunda,
Consola, dessedenta, purifica, e que, desde pequenina
Feita gota de orvalho, mata a sede das plantas
Entre abertas e prepara o festivo esplendor da primavera...
Que, nascida em píncaros da serra, vem de tão alto
Procurando sempre ter um fim de planície e de humildade
Até perder, na última renúncia, o nome de batismo de seus rios
Para ficar anônima nos mares, em igualdade.
Água que em vários cantos jorra
Joia da natureza…
Dá vida à terra,
Tranquilidade e beleza!
(Paródia em homenagem ao mestre  poeta Raul Machado)

- A MORTE DO CISNE

Ballet no casamento de Maïra & Julien      (13.08.2011 Antônio Fábio)




Essas aves aquáticas originárias da Austrália migraram-se para Búzios, mais precisamente para a  Vila Espelho das Águas, na badalada Praia de Geribá, para animar o casamento de Maïra & Julien, ao som de “A Morte do Cisne”, de Tchaikovsky.  Melodia composta em 1866.
Apresentação idealizada e coreografada por Vitório Caldoncelli.

Franceses & brasileiros

Nos mostraram:
A disciplina e a leveza como participantes
A alegria e a sensualidade
Da entrega à Morte do Cisne.
Cada um foi dono de seu próprio corpo,
Cada um, dono mais profundo do seu EU.


Foram um pouco de puma e de beija-flor,
Variaram os passos e deixaram a melodia entrar.
Alongaram-se, encolheram-se, rodopiaram e inclinaram-se
Interpretando o ballet com meneios e oscilações.
Tocaram a música com gestos,
Seus corpos foram os instrumentos.


Seus pés leves e suas mãos-colibris,
Escreveram versos no chão e no ar...
Soltaram-se na aventura da vida
Brincando com suas cores
Irradiando suas luzes
Em seus amores.


Exercitaram a flexibilidade com graça.
Mostraram-se sem preconceitos,
De pernas e braços pro ar.
Mantiveram o equilíbrio na maioria das vezes,
Em outras, renderam-se ao inesperado.
Foram capazes de malabarismos surpreendentes,
Para manterem-se de pé, após tombos inusitados.


Na dança da vida,
Demonstraram o que é o prazer
Do olhar no olhar,
Do explodir num sorriso,
Do fazer acontecer por amor...

NOTA: O plano, em forma de brincadeira, seria 10 cisnes branco e 1 cisne negro se apresentarem num ballet. Imagine 11 homens leigos no assunto dançando música clássica... Ai que morava o perigo! Topei dançar também. Pensei: seja tudo o que Deus quiser!  Escrevi antes que o fato tivesse acontecido.   

O casamento civil foi em Paris e o religioso em Búzios. Os noivos são franceses assim como os pais do noivo. Os pais da noiva  são meus amigos brasileiros. Todos conhecidos.                  

terça-feira, 19 de julho de 2011

- Quem sou eu



I
Imagem:maricalman.blogspot.com

Quem sou eu?
Ajude-me a responder!

Um amigo que conforta.
Eu sou a sensibilidade à flor da pele,
Eu sou tudo e sou nada,
Eu sou o que você olha e não enxerga.
Eu sou como toda a gente:
Eu sou da espécie Homo Sapiens,
Eu sou um ser vivente.
Sou como as ondas do mar,
Ninguém talvez alguém.
Eu sou a paixão, o ódio, a loucura e a sensatez,
O mocinho e o bandido,
Bom sem deixar de ser mau,
Diferente mais normal,
Sensível e duro, rude e educado,
Sensato e louco, calmo e estressado,
Inteligente e tolo,
Seco e carinhoso, o certo e errado,
Um simples peregrino da vida
Não o mais indicado
Pra falar de mim mesmo.
Sou tudo o que você quer e ainda não sonhou.

As pessoas costumam se perguntar: quem eu sou ?
E a resposta é:
Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem.
"Mas, se eu lhe disser quem sou,
Você pode não gostar de quem sou,
E isso é tudo o que tenho".
                                                                (John Powell)

Sou pessoa de dentro pra fora,
Sou alguém que ama, perdoa, sorri e chora,
Tentando me tornar um autor da própria história.
*"Não sei perder minha vida,
Não sei qual a minha culpa, mas, peço perdão".
Realmente sou eu mesmo…
Uma pessoa que luta pelos ideais,
Eu sou tantas coisas...
E ao mesmo tempo eu não consigo me explicar.

Sou sonho…




*Homenagem a Clarice Lispector