quarta-feira, 4 de abril de 2012

- O Bancário

                            O Bancário
Que recompensa tem um trabalhador

Após mais de três décadas servindo uma empresa?
Qual o motivo de uma aposentadoria?
Recompensa ou um direito adquirido?
O que vale mais: produção ou obediência de normas?
Sonhos, fantasias que levam qualquer trabalhador hoje,
Em nosso país, a se refugiar da dura condição
De vida que o cerca até se aposentar.


O bancário não tem liberdade,
Tem que se adaptar sempre ao aumento de cobranças,
Tem que ter jogo de cintura.
Na verdade eu nunca quis ser bancário,
Queria ser arquiteto, mas...


Seria tão diferente
Se os sonhos de que a gente gosta
Não terminassem tão de repente!
Seria tão diferente
Se os bons momentos da vida
Durassem eternamente...


Às vezes penso que recomeçar dói mais,
Ledo engano, acomodar mata mais,
E não quero morrer mais do que minha cota diária.
Ainda bem que meus instantes vividos, todos foram experiências
Para um recomeço mais guerreiro...


Sabe o que aprendi?
Deixa acontecer,
Faça seu melhor,
Doa-se o máximo e acredite no impossível...
Rarará! Passei a poetizar.


Quando era bancário estava sempre entre o querer e o fazer,
Entre o medo e a confiança, entre o desejo e a calma,
Entre a decepção e a aceitação, entre saber e buscar.


Eu? Quem seria eu? Ah! Um bancário. Deus me livre e guarde.
Já sei! Nossa! Acho que me encontrei! Sou eu um velho sonhador!
Um poetizador.
Velho? Eu? Nossa! Nem me dei por conta.
O tempo passou e eu nem vi.
Ainda bem que fiquei livre do bancário, esse ser em extinção.


                                 10.02.2011

- Ninguém é insubstituível

                 Ninguém é insubstituível



Estou vendo este tema e acho pertinente falar sobre ele.

A maioria das empresas fala em descobrir talentos, reter talentos,
Mas, no fundo, continua achando que os profissionais são peças
Dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar
Outro para por no lugar.
Então, pergunto: quem substituiu Albert Einstein?
Pavarotti, Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi?
Frank Sinatra? Garrincha, Santos Dumont? Monteiro Lobato?
Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Vinícius de Morais? Pelé?
Paul Newman? Tiger Woods? Picasso? Zico? Etc.?…
Se substituíssemos esses talentos que marcaram história,
Onde estariam as sinfonias, os poemas, as obras de arte, os discursos memoráveis,
Os grandes músicos, escritores, pintores, futebolistas etc.?


Cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar
Sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir
OS PONTOS FORTES DE CADA MEMBRO.
Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Parafraseando Voltaire: A primeira lei da natureza é a tolerância,
Já que temos todos uma porção de erros e fraquezas.
Estamos com Júlio Ribeiro que disse: O medo de ousar,
De ser agressivo ou de inovar fechou mais empresas do que a ousadia.


Caráter, DNA, personalidade, identidade,
A clara visão que ninguém é cópia de ninguém,
Jamais deixando de ser a si mesmo, entidade única,
Sendo nunca substituível como ser humano.


Outros poderão vir, mas não tomarão o meu lugar,
Cada um tem o seu valor, seu talento a questionar.
Na arte Beethoven fez história e ninguém tirou a sua glória,
Pavarotti usando a sua voz ficou na memória.
Ninguém pode substituir a pessoa amada de abraçar,
Tudo isso nos leva a pensar que somos um ser particular.
Por onde quer que eu ande mesmo não sendo poeta
Minha mensagem vou deixar.


Poderíamos ser todos insubstituíveis seres,
Pela energia positiva que transmitimos às outras pessoas,
Pela vibração produzida por nossos sentimentos,
Pelos nossos exemplos e atitudes,
Pelo nosso esforço admirável de passar por esta vida
Deixando marcas de excelência, como se fossem rastros de luz.

Pensar é bom, refletir é degustar ideias.
Que me leve agora este vento,
Pois quero voar neste momento.