O espelho
09.07.2008
No meu íntimo não cabem muitos versos e
Se eu não gostar de mim...
Só mesmo a Fernandina teria condições
De me aturar por mais de quatro décadas.
O espelho seria como se fosse meu dedo indicador
Meu lápis digitador, meu papel
Adoro escrever no espelho do banheiro
È o único lugar onde o olhar embaçado não me preocupa
Observo sensações de calor provocadas pelo vapor d’agua...
O espelho não me censura e nem me chama atenção.
Nessa hora o tempo não me importa
Escrevo na névoa, sô!
O espelho cheio de poemas refletem o poeta que busca a si mesmo
E encontra na poesia e na amada um sentido para o seu ser. Não?
Muita piração né?
Daí lembro que não é bom demorar no chuveiro... e agilizo o banho.
Hahaha...
Estou rindo de quê ?
De mim mesmo, claro
Não tem ninguém me olhando a não ser eu mesmo.
E olhe que eu não sou NARCISO
No espelho tenho a vantagem de quando me olhar
Ao invés de me desagradar...
Agradar.
No espelho escrevo sobre amor, tristeza, alegria, fantasia
Contos eróticos, sô! Por que não?
Paixão, amizades e saudades
No espelho posso escrever e recitar em Portunhol
Dá para entender alguma coisa e não me censuro...
O espelho reflete certo; não erra porque não pensa.
Pensar é essencialmente errar. ... Criar um novo Poema.
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