quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Música para o livro

   Letra e Música: Cláuton, coautor do livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO que estamos lançando no 17º FESTIVAL DE CULTURA E GASTRONOMIA DE TIRADENTES em 29, 30 e 31 de agosto de 2014. 
     Esta é a letra, a música ficou formidável e muito criativa. Deveremos lançar em breve um CD de composições do Cláuton com esta música e diversas outras.

Que seja um verso da estrofe num poema da poesia rítmica.

Pra começar: Índice, Introdução
Prefácio, prólogo; sem conclusão.   
Abre parênteses, entre aspas
Capricha na vírgula. PC, caneta ou lápis.

Tem que acertar acentuação:
Til, circunflexo - Trema não tem mais não!
Agudo, grave, apóstrofo... (Usar) sentido figurado.
Capricha no negrito, itálico e sublinhado.

As letras dançam nas palavras, que bailam nas frases, que sambam nos parágrafos, que valsam nos textos, que deliram nos livros, encantam a minha cabeça.

“Pro-pa-oxítonas” sem medo de errar
Corretor, borracha, mude a palavra, se precisar
Vogais e consoantes do alfabeto
Ditongo, hiato... Hífen, cedilha: uso correto!

Sintaxe, semântica é bom recordar.
Concordância e sinônimo pra não rabiscar.
Pode variar gramática, pontuação,
Depende da língua, estilo, fugir do padrão.

As letras dançam nas palavras, que...

Se o texto é descritivo, dissertativo, narrativo, argumentativo, expositivo ou injuntivo/instrucional...
Qualquer gênero, forma literária ou textual.
Poesia ou prosa. Drama, sátira, suspense, terror... é um romance, uma novela.
“Eu beijei a boca dela” = cacofonia.
Coesão, coerência no contexto e correta ortografia.
Que seja um verso da estrofe num poema da poesia rítmica. Real ou factícia.
Uma crônica – Contos e causos; outro tema, assunto...
A história é do escritor e do leitor; tudo junto.
Na riqueza de vocabulário, uma busca no dicionário...
Não necessariamente best/mega-seller, o que importa é a emoção da leitura.
Obra-prima ou não, o que importa é o que lhe dá de cultura.
Então: Saber usar o verbo, adjetivo, advérbio, substantivo, aposto, vocativo...
Com motivo, é o que pede o livro!

As letras dançam nas palavras, que...

Para terminar essa composição
Epílogo, posfácio: a conclusão
Depois de corrigir, centralizar, justificar
Usar fonte legível. Imprimir e editar

As letras dançam nas palavras, que...

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Voltando a ser criança

                                    07/SETE/2012

Publicado às páginas 141 e 142 do meu livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO


Fernandina e eu fomos convidados a marchar no 7 de setembro
Como ex-alunos do Grupo Escolar São José
Na concentração na Cel. Antônio Pedro
Começou a marcha: um, dois, acertem o passo crianças
Na minha cabeça as lembranças daqueles tempos idos.

Embora utópico, estávamos todos voltando
Ao tempo melhor de nossas vidas
Agora para reaprender e conhecer melhor o mundo,
Colorindo-o de sonhos, vivendo o presente de forma livre,
Onde os adultos não conseguem viver
Porque é preciso ter pureza, inocência e humildade
No cumprimento do seu dever.

Estava naquele “um, dois” como apresentando
Um pedido de demissão da categoria de adulto
Comecei a pensar como se tivesse meus oito anos,
A acreditar que o mundo é justo
E que todas as pessoas são honestas e boas
Que tudo é possível
Fazer amigos sem saber os seus nomes
Com efeito
Por desconhecer o que é preconceito.

Não queria nem me lembrar de computadores que falham,
De notícias ruins dizendo adeus a pessoas queridas,
De contas a pagar... de fofocas.
Uns, dois, acertem o passo sussurrava com os da frente.

Pensava: chegando à praça vou jogar pedrinhas na água,
Comer moedas de chocolate, caju, manga Palmer e jabuticaba,
Além de mastigar chicletes e picolés, afinal sou criança novamente.
Se tiver chance vou jogar bola de gude
Jogar pião e brincar de garrafão.

Vivemos uma realidade tão dura que, às vezes,
Queremos voltar à infância, à época de fantasias,
Sem preocupações com decepções
E pressões de qualquer ordem.
Jesus disse que precisávamos nos tornar crianças
Para herdar o Reino dos céus...

Viva este momento,
Que não morra o espírito de criança que está em mim agora.
Criança é também aquele adulto
Que nunca esqueceu da criança que foi um dia.

Um, dois, acertem o passo!
Estou de mãos dadas com a vida,
Pois minhas intenções são as melhores.
Não tenho rancor, sô!
Passo vai, passo vem e eu pensando
Tenho um pouco de criança dentro de mim agora.


Batendo o bumbo e nós, crianças, marchando.
Perna direita, perna esquerda.
A bateria e as recordações nos ajudavam.
Olhe a cadência, observe a distância,
Olhe a cobertura, acerte o passo,
Mãos espalmadas mantendo a postura.
Chegamos.

Que alívio!

Velhos tempos

                                            02.11.2012
Poema musicalizado pelo amigo Helinho Gomes

Pag. 139 e 140 do meu livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO



Se eu encontrasse um gênio da Lâmpada
O meu 1º desejo seria voltar ao passado
Quando vejo esses retratos até sinto cheiro de infância
Quando vejo esses comentários saudosistas
Do Grupo Rio Pomba Fatos & Fotos
Escuto até voz do passado e me lembro dele.

Para você Sildo
Para não dizer que não colaborei
Caminho contra o vento sem lenço e sem documento
Stanislaw Ponte Preta, Leila Diniz, O Pasquim
Vinícius e Jobim.

A Banda, Disparada, Elvis e Ray Conniff
E até da Jovem Guarda me lembro
Da Copa de 58 e das subsequentes
De repente como uma corrente pra frente
E salve a seleção
Também me lembro. 


De Jânio e Jango e dos desaparecidos políticos
Também me lembro
De muitas coisas me lembro...

Pisando na lua me lembro
De Kennedy & Marilyn Monroe, nem se fala
Também me lembro
Até pensei em namorar essa loiraça nos anos 60
Eu era solteiro e sonhar já era permitido
Ainda bem que me casei com a Fernandina
Que viria a ser o mastro que sustentaria minha bandeira
Uma morenaça e também do meu tempo, sô!

O Pagador de Promessas, Hello Dolly, Panair, Viação Cometa
Fio Helanca, Lençóis Santista, Opala, Sinca Chambord
Do Cigarro Hollyood de maço vermelho que eu fumava
E
Da Lambreta em que eu andava
Também me lembro.

Lembro-me do Creme Max Factor, da De Millus
E quem bebe Grapete repete
Do Crush e das frases nos para-choques dos caminhões
Também me lembro.

Velhos tempos...
Nossa, sô!

VAMOS PARAR DE PERDER TEMPO - FELIZ ANO NOVO

                          31.012.2012

Pag. 136 do meu livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO


Poema escrito especialmente em homenagem aos amigos de Rio Pomba – FATOS & FOTOS

O valor de uma coisa não está no tempo que elas duram
Mas na intensidade com que acontecem
Por isso
Vamos parar de perder tempo...

Perde tempo quem julga sem conhecer
Até acho que devemos sempre olhar as virtudes
Com a vista desembaçada e com a mente aberta
Sugerir democraticamente soluções.

Perde tempo quem só vê defeitos
Que lhe faz mal ao fígado e à mente
Quem discrimina por tatuagens
Opção sexual, roupas, ou até mesmo opinião.

Quem não reconhece as diferença e as aprecia
Quem nunca senta para ver o pôr do sol, ou o luar
Quem coloca o trabalho acima de tudo
Quem só se sente feliz se a carteira estiver farta
Quem não tira foto porque se acha gordo
Quem não faz nada a não ser ficar sempre em frente à TV.

Estou tentando retratar minhas emoções
Falando do meu íntimo para sua reflexão
Sou um palco de sentimento expostos
Por isso penso que
Quem não arrisca,
Nunca está disponível para uns momentos de risada
Quem precisa sempre de uma desculpa
Para conhecer algum espaço da própria cidade
Feche a porta, mude o disco.

Estou tentando fazer um poema do meu jeito
Não tenho pretensões de ser Vinícius e nem Neruda
Mas não quero perder tempo
Como quem não ouve nenhuma música diferente
Do seu estilo e já determina não gostar
Quem tem vergonha de receber abraço
Quem tem vergonha de perguntar
E medo de recomeçar.

Quem nunca chega "naquela" garota por medo de receber um não
Não devemos acreditar que nunca somos capazes
Devemos fazer com que o sol seja luz
Não ter medo de se mostrar e sair para dançar.

Não devemos perder as oportunidades
Não vale a desculpa "ah se eu fosse mais novo"
Não tente interpretar esse meu poema
Ele já é uma interpretação.

Perde tempo
Quem não tem tempo de se exercitar
De sair da rotina, de sentar em outro lugar
De andar em outra rua, em outros passeios
De viajar à procura de conhecimento e aspirações
Para enxergar e compreender o mundo
Captando a essência dos lugares
O que nos aprimoram a cultura e a educação
De dormir em outra cama e de fazer novas amizades.

Quem perde tempo de falar mal dos outros
De ver só defeitos em tudo, de culpar os outros
E de não fazer nada pra mudar.

Quem nunca acha tempo pra ler
Aprender coisas novas, assistir a um filme novo
Ir ao teatro, quem não tem tempo de rezar
Quem não tem tempo de fazer caridade.

Há muitas formas de perder tempo
Mas eu nunca vi uma mais triste
Que quem acha que sozinho é a melhor maneira de ser feliz
Pois nascemos pra viver com os outros.

Tragédia de Santa Maria




Publicado às páginas 135 do meu livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO






Estava em BH quando tudo aconteceu
Fernandina, eu e Godô auxiliando meu primogênito Cláuton

Que estava se mudando de Ap para o mesmo bairro Buritis
Márlon e família nos preparativos para voltarem a Miami.

Foi quando vi pela TV o tamanho da tragédia de Sta. Maria
Chorei, fiquei engasgado e encrespado
Daquela fumaça tão negra e tão nefasta
Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas queriam sua companhia
Seguiam avulsas como uma página arrancada do mapa
O céu foi corrompido, o azul se tornou cinza.

Sempre que entrava em lugares assim fechados
Pensava como sair dali em caso de incêndio, de emergência
O fogo e a fumaça não pedem licença e nem desculpas.

Todos morremos um pouco 
Sufocados pelo excesso de morte
Como acordar de novo? 

A sina era uma só e o medo vinha de todos os lados
Aqueles 250 adolescentes não acordarão de novo
Não terão mais o beijo de suas mães, pais e irmãos
Seus celulares ainda tocavam em seus peitos quando estendidos no chão
Seus donos estão eternamente no silêncio
As palavras perderam o sentido.

Sinto-me honrado

                                                      
     Página 134 do meu livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO                    

                                                                         Homenagem à Maria Luíza Ferrari


Sinto-me honrado com todos os comentários
Mas peço licença para explicar
Quem é Maria Luíza Ferrari
Que também me honrou com seus elogios

Maria Luíza assinava até pouco tempo
A última página (de culinária) da Revista Caras
Ela é poeta, escritora, tem diversos livros de culinária
E é amiga nossa

Nós a conhecemos no Festival de Tiradentes
Onde seu filho é um dos coordenadores
Produziu o livro da Carolina Ferraz
Uma das esposas do Cadinho da novela
No Xlll Festival estávamos todos juntos no Butiquim
É mole?
São pessoas maravilhosas

Maria Luíza, você tem que conhecer
Meu livro mais novo lançado no último Festival
Não nos encontramos desta vez
Fui na último semana
Deve ser por isso

Imagino que a escola em que você desfilou deva ser de Cataguases
Sua cidade natal.
Receba o agradecimento
E um forte abraço de um dos seus fãs

Saudade

                      23.11.2012
Poema publicado na Pag. 133 do meu livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO


Nunca chega quando estamos perto
Da família, do namorado, dos amigos
Da nossa terra natal
É sempre assim.

Chega quando o namoro terminou
Quando nos mudamos para outras plagas
Quando nos lembramos do beijo não dado
Do abraço negado.

Às vezes ela  fere a alma, machuca o coração
Mas sempre nos mostra quanto aquilo nos fez falta
Mostra-nos a vida de um ângulo diferente
Ela leva e traz esperanças e nos mostra valores
Sem ela, a vida não teria a mínima graça.

Ela sorri quando a dor lhe torturar
É uma solidão acompanhada
É aí que ela vem nos atormentar
É amar um passado que ainda não passou.

Parafraseando Vinicius:
“E por falar em saudade onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê”.

Que bom seria

                                         (Parceria com Zé Roberto)
          Página 71 do meu livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO



Seria tão bom conviver
Num mundo cheio de compreensão
De atos nobres para um bem viver
E palavras ditas com o coração

Eu sei que isso ainda é um sonho
Onde o bem supera todo mal
Quem sabe um dia ao amanhecer
O que era sonho se torna real

O meu neto muito observador
Quando nota a bondade de alguém
Me diz com um sorriso nos lábios:
“Ô vô! ...esse aí é do bem

Isso pra mim é uma benção
E meu neto, meu Querubim
Então, mesmo acordado eu sonho
Com o mundo que quero pra mim

Previsão para este ano

29.04.2011

Pag. 124 do meu livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO



Neste ano
Muitíssimas promessas e despromessas,
Tudo em virtude de necessidades do Diabetes.
Serão cumpridas nos sonhos?

Que outro ardil não tenho,
Que milagres não consigo ainda?
Falta-me paciência?
Tenho colado minhas vontades na geladeira
Para batizar-me diariamente
Com hortaliças, legumes, peixe, frango
E exercício físico.

Quem sabe você tenha que me trazer
Apoio, companheirismo,
Talvez um pouco de dinheiro,
Ou um pé na bunda?

Sabemos que todos os anos estamos cheios
De contas a pagar IPTU, IPVA, IR
E outras letras no famigerado mundo dos impostos,
Além de outras obrigações.

Quem sabe se para cumprir as promessas e despromessas
Poderia equipará-las ao cumprimento
Das dos impostos e outra obrigações?
Quem sabe assim elas seriam cumpridas
Com maior facilidade?
Quem sabe?

Consegui parar de fumar
Há 23 anos e de beber há 3,
Tudo lindamente, poeticamente
E os objetivos alcançados.
Essas lembranças me dão mais forças.

Prazeres da melhor idade...

  Espelhando-me em Rui de Castro & Warlei Da Costa de Oliveira

Páginas 122 e 123 do meu livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSSO




A voz no aeroporto anunciou
Quando íamos embarcar em CONFINS
COM DESTINO A MANAUS:
"Clientes com necessidades especiais
Crianças de colo, gestantes
Melhor idade e portadores do cartão SMILES
Terão preferência etc."

Num rápido exercício intelectual, concluí que
Não tendo necessidades especiais
Nem sendo criança de colo
Gestante ou portador do dito cartão
Só me restava a "melhor idade"
Algo entre os 60 anos e a morte.

Para os que ainda não chegaram a ela
"melhor idade" é quando você pensa
Duas vezes antes de se abaixar para pegar o lápis
Que deixou cair e, se ninguém estiver olhando
Chuta-o para debaixo da mesa

Ou, tendo atravessado a rua fora da faixa
Arrepende-se no meio do caminho
Porque o sinal abriu
E agora terá de correr para salvar a vida

Ou quando o singelo ato de dar o laço
No pé esquerdo do sapato equivale
Segundo o João Ubaldo Ribeiro
A uma modalidade olímpica.

Privilégios da "melhor idade"
São o ressecamento da pele, osteoporose
Placas de gordura no coração, pressão alta
Falência dos neurônios, as baixas de visão e audição
Falta de ar, obesidade e as disfunções sexuais
Ou seja, nós, da "melhor idade"
Estamos com tudo, e os demais podem ir lamber sabão.

Outra característica da "melhor idade"
É a disponibilidade de seus membros para
Tomar as montanhas de Rivotril, Lexotan e
Montanhas de remédios para o Diabetes.

Outro dia, bem cedo, um jovem casal cruzou comigo
Na Dr. Último de Carvalho no centro de Rio Pomba
Talvez vendo em mim ainda um boêmio da noites da Cidade Sedução
O rapaz perguntou: "Voltando da farra, Antônio Fábio?"
Respondi, eufórico: "Que nada!
Estou voltando da farmácia!"
E esta, de fato, é uma grande vantagem da "melhor idade":
Você extrai prazer de qualquer lugar a que ainda consiga ir.

Perguntei ao espelho

                                                                                                                                                            27.12.2011

Poema publicado às paginas 120 e 121 do meu livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou
No meu íntimo não cabem muitos versos 
Já passei noites chorando
  Até pegar no sono
Já fui dormir tão feliz ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...
Já amei pessoas que me decepcionaram
Já decepcionei pessoas que me amaram...

Já sorri chorando lágrimas de tristeza
Já chorei de tanto rir...
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena
Já deixei de acreditar nas que realmente valiam...

Já tive crises de riso quando não podia...
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse...
Já gritei quando deveria calar
Já calei quando deveria gritar...

Já contei piadas e mais piadas sem graça
Apenas para ver um amigo mais feliz...
Já chamei pessoas próximas de “amigo”
E descobri que não eram

Perguntei ao espelho: quem sou eu?
Você é um amigo que conforta
É tudo e não é nada
Não é igual a pessoas que olham e não enxergam
Você é paixão, loucura e sensatez
Rude, sensível, duro e educado
Calmo e estressado
Inteligente e tolo, o mocinho e o bandido

Foi aí que vi que sou pessoa de dentro pra fora,
Sou alguém que ama, perdoa, sorri e chora,
Tentando se tornar um autor da própria história

Não faço nada pelas metades
Mas, se eu lhe disser quem sou,
Você pode não gostar de quem sou
E isso é tudo o que tenho.
Sou sonho

terça-feira, 12 de agosto de 2014

O BADALO

    Poesia de Antônio Fábio em parceria com Zé Roberto, um dos convidados para o livro. Vide “Os sinos da nossa matriz” – poesia de Péricles de Queiroz     (pag 221).




Das torres ouço um badalo
Parecendo vir do céu
São os sinos imaculados
Da matriz de São Manoel

Eles repicam a alegria
Ora repicam a tristeza
Mas, com belas melodias
Isso eu digo com certeza

E o sineiro toca o sino
Bem alto para avisar
Chamando os fiéis pra igreja
Que a missa vai começar

Confesso que uma grande dor
Me inspirou a poesia
Agradeço a Natã Ferraz
Pelas ricas fotografias

Rio Pomba numa prece
Vem pedir o tombamento
Do divino badalado
Seu sonoro monumento

O TOMBAMENTO DO PATRIMÔNIO IMATERIAL começou pelo queijo de Minas, uai! Depois mais três preciosidades verde-amarelas também foram tombadas pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iplan). Foram elas as Badaladas dos sinos das Igrejas de São João Del Rey, a panela de barro do Espírito Santo e o principal símbolo paraense: o Tradicional Sírio de Nazaré. Como estamos vendo, tudo isso é possível. (vide página 238 do meu livro RECEITAS CULTURA HUMOR).
Estou propondo o tombamento, nos mesmos moldes, do Badalado dos sinos da Igreja Matriz de São Manoel de Rio Pomba - MG.