02.11.2011
Pag. 53/54 do meu livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO
Rosto colado é coisa que os jovens de hoje
Não
conhecem como preliminares
De
um ato de sedução como nos bailes de antigamente
Tudo
em busca de um romance.
Uma
cervejinha normalmente era um combustível
Para
encorajar o rapaz para
Atravessar
o salão em busca do “vamos dançar?”
Tudo
depois dos olhos já se terem cruzados.
Éramos
audaciosos e puros
Em
busca de um clima favorável
Que
podia até chegar a cochichos ao pé do ouvido
Ai
Jesus!
Nos
tempos atuais não há mais rosto colado
São
poucos os bailes com conjuntos melódicos
O
beijo roubado quando a luz diminuía de intensidade
Foi
trocado por apostas que as garotas fazem
De
quem beija mais garotos.
Vulgarizou-se
o ato mais sublime de um início de conquista.
Não
se dança mais
Os
requebros e os pulos substituíram os passos cadenciados
O
barulho do bate-estaca acabou com o
diálogo
Sem diálogo não
há sedução.
Está
bem, sou velho quando falo em “rosto colado”
Mas
ninguém pode roubar da minha memória
Um
tempo mágico onde
O
cavalheirismo de uma dança
Fazia-nos
flutuar por salões com pessoas especiais.
Quem
não dançou uma vez na vida
De
rosto colado não sabe o que perdeu
Quem
não dançou com grandes orquestras
Como
Grenn Millher, Ray Conniff, Paul Mauriat
Maurice
Jarre, Montovani, James Last
Casino
de Sevilha, Orquestra Româticos de Cuba
E Gipsy Kings (da foto) não sabe o que perdeu.
Como eu concordo com esses versos. Quem nunca teve isso não sabe o que perdeu. Uma delícia!
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