segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Gotas de orvalho

                                                                                                                 02.11.2012
                         PAG. 81 do meu livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO

Essas gotas de orvalho são da minha horta
Testando meu novo equipamento fotográfico
As gotas de orvalho nas minhas plantas
Se assemelham a um mar esverdeado.

Minha mente viaja e do meu filho e minha esposa, também.
Prevejo o futuro entrelaçado
Entre meus dedos quando desses meus cliks
Nooosa!
É a sintonia do universo.

Hoje está um dia chuvoso
Surgiram depois da chuva fina
Parecem diamantes, brincos e colar
A enfeitar esse lugar.

Seria como me dissessem:
Entreguei-me a você que está me clicando agora.
Se você me sacudir vou adubar a terra
Com gotas de paciência capaz de amaciá-la e fofá-la.

Sou como gotas de perdão, de sabedoria, de aprendizado
Gotas que podem desafogar o coração, gostas de solidariedade
Sou como lágrimas que podem extravasar mágoas
Sou sorriso e amizade sincera que brilha mesmo sem sol.

Espalho-me por todo o canteiro
Quando será que o sol se abrirá
Não me importa a beleza
Tudo me foi exposto pela natureza.

Suspiros de prazer nem tão acanhados
Vendo minha filha, a Renata, pela janela lá embaixo.
Meus dedos aflitos se misturaram
Com uma sensação de bem estar
Estando do lado do meu amor: Fernandina.

Chegou o Eduardo pegando
Algumas mudinhas para plantar no Sítio Vovó Dináh
Avó da querida nora Raquel
Minha vida sobre minha máquina nesse momento

            Nessa terra da horta, minha eternidade.

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