PAG. 81 do meu livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO
Essas gotas de orvalho são da minha
horta
Testando meu novo equipamento
fotográfico
As gotas de orvalho nas minhas plantas
Se assemelham a um mar esverdeado.
Minha mente viaja e do meu filho e minha
esposa, também.
Prevejo o futuro entrelaçado
Entre meus dedos quando desses meus
cliks
Nooosa!
É a sintonia do universo.
Hoje está um dia chuvoso
Surgiram depois da chuva fina
Parecem diamantes, brincos e colar
A enfeitar esse lugar.
Seria como me dissessem:
Entreguei-me a você que está me clicando
agora.
Se você me sacudir vou adubar a terra
Com gotas de paciência capaz de
amaciá-la e fofá-la.
Sou como gotas de perdão, de sabedoria,
de aprendizado
Gotas que podem desafogar o coração,
gostas de solidariedade
Sou como lágrimas que podem extravasar
mágoas
Sou sorriso e amizade sincera que brilha
mesmo sem sol.
Espalho-me por todo o canteiro
Quando será que o sol se abrirá
Não me importa a beleza
Tudo me foi exposto pela natureza.
Suspiros de prazer nem tão acanhados
Vendo minha filha, a Renata, pela janela
lá embaixo.
Meus dedos aflitos se misturaram
Com uma sensação de bem estar
Estando do lado do meu amor: Fernandina.
Chegou o Eduardo pegando
Algumas mudinhas para plantar no Sítio
Vovó Dináh
Avó da querida nora Raquel
Minha vida sobre minha máquina nesse
momento
Nessa terra da horta, minha
eternidade.
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