terça-feira, 12 de agosto de 2014

Não se deve perguntar...

24.12.2012





PAG. 101 do meu livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO














 Agora, 20 h do dia 24 de dezembro
Estamos saindo para a casa de Maria do Rosário
De 93 anos de muita experiência e labor
Ela, minha sogra, mãe da Fernandina, meu amor.
              
Penso que lá a gente não deve perguntar:

Que tipo de carro a gente costuma dirigir
Mas quantas pessoas
Que necessitavam de ajuda nós transportamos 
Qual o tamanho de nossas casas

Mas quantas pessoas nela nós abrigamos. 

Sobre as roupas dos nossos armários

Mas quantas pessoas ajudamos a vestir 
O montante de nossos bens materiais

Mas em que medida eles ditaram nossas vidas. 

Qual foi o maior de nossos salários

Mas o que nós comprometemos com o nosso caráter para obtê-lo 
Quantas promoções recebemos

Mas a forma como nós promovemos outras pessoas
Qual foi o título do cargo que nós ocupávamos

Mas se nós o desempenhamos com o melhor de nossas habilidades. 

Não se deve perguntar

Quantos amigos tivemos
Mas de quantas pessoas nós fomos amigos.
 
O que você fez para proteger seus direitos

Mas o que você fez para garantir os direitos dos outros. 

Em que bairro ou cidade moramos

Mas como tratamos nossos vizinhos
Como nossa família nos trata

Mas como tratamos nossos familiares.

Não devemos perguntar

O que você dá de presente no natal
Mas se você vive o natal no seu dia a dia.

Se o natal é a comemoração do nascimento
Do Menino Deus como vimos ontem na comemoração
Na casa da minha sogra e nas suas belas palavras
Ou apenas um presente dado.

Sobre sua riqueza, mas sobre suas virtudes e dignidade...

É natal...
E Deus vai perguntar...
É Natal ?

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